21 de fevereiro de 2010

Alma Caminheira


Livre como o vento
assim é minh’alma caminheira
viajando e trilhando longas estradas
do meu Sagrado destino...

E em minhas andanças venho
lutando, perseverando,
às vezes sofrendo,
mas aprendendo
a contornar os obstáculos do caminho,
afinal, sou eterno aprendiz,
é a vida quem diz,
disso não me engano,
simplesmente,
um peregrino cigano...

De outra coisa tenho certeza,
tudo vale à pena, pois no
mesmo caminho existem as belezas
da geradora mãe natureza
com sua incomensurável riqueza,
concebida com Amor
pelo grande Pai Criador...

Exemplos dessas belezas,
são os fenômenos naturais
como o crepúsculo do sol,
chamado também de arrebol
com seus raios de luzes avermelhados
se pondo na linha do horizonte,
um espetáculo divino...

São prenúncios,
prelúdios
místicos
de uma noite serena, enluarada
e encantada...

É o momento de quietude da
minh’alma cigana,
que sob o brilho das estrelas do céu
com os cintilantes pisca-piscas
dos pirilampos, adormeçe
sobre a relva macia do agreste...

Tenho sonhos envoltos de cores
Sutis como a cor verde esperança das matas
da grande mãe natureza
em toda sua intensidade,
beleza e singeleza...


Sonho com flores
suaves e suas delicadas
pétalas coloridas
flutuando soltas pelo o ar
e o leve toque do seu perfume
a impregnar o meu sonhar...

E lá está à rosa vermelha rubra
com sua cor de pura paixão
e sedução a aflorar todo meu ser
numa grande emoção...

Ao acordar sinto em meus lábios
gotículas prateadas
do orvalho da madrugada
e, ao meu lado, a rubra flor delicada,
transformando em realidade
os meus sonhos de quimera...

No oriente meus olhos vislumbram
o nascer de uma nova aurora
um novo dia se inicia
e lindamente principia...

E o astro-rei no céu totalmente azul
mostra-me uma nova rota, uma nova
estrada a trilhar com minha
alma caminheira, livre como o vento,
que continuará cumprindo o seu
Sagrado destino.

Elias Akhenaton
“Eterno aprendiz, um peregrino da Vida”